Eu só quero saber em qual rua minha vida vai encostar na tua

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Amor

E então eu me vi sozinho, não pude acreditar
Era escolha minha, eu sabia
Não consegui aceitar
Que de mim tu dependia
Para amar, beijar, sonhar

Me vi sozinho, sem ninguém para amar
Sem bom dia, sem carinho
Na noite, insonia
Me fez repensar

De ti, também dependia
E queria, não conseguia
Na noite quente, mas fria
Me vi a chorar

E logo, me vi a sonhar
Sem acreditar,
Amor, abraço e altar

Ao acordar,
Me pus a chorar.

18 de Maio

Post-desabafo:

Tudo tinha para ser um dia especial. E foi, não pra mim. Pra minha irmã e minha familia.
Completaria 6 meses de namoro, não cheguei a completar. E poderia estar com minha familia no nascimento da minha nova sobrina, não estive. Foi sem dúvidas o pior dia desde que aqui cheguei.
Sem mais para o momento, me despeço.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Religião

Faz tempo que não frequento nenhum tipo de encontro religioso.
Já fui católico, não um daqueles que se diz católico e mal vai a igreja, eu era o verdadeiro Católico Apostólico Romano, o que frequentava a igreja todos os sábados e domingos, e até mesmo durante a semana. Frequentava grupos de jovens, retiros, procissões e novenas. Foi muito bom esse tempo, eu viva em paz, não tinha grandes problemas. Me sentia bem dentro da igreja ajudando a limpar, fazendo as leituras ou até mesmo batendo um papo com o padre ou secretário. O tempo foi passando e eu percebi que eu estava em uma religião que não me aceitava, uma religião que acreditava numa vida que era totalmente diferente da que eu buscava. Foi então que eu conheci o "candomblé", entre aspas porque o que conheci na verdade era um misto de Candomblé, Kimbanda e o tão tradicional Batuque do RS. Me apaixonei a primeira vista, achei lindo o ritual, linda a fé das pessoas, lindas as rezas( que eu não entendia nada e continuo sem entender), tudo muito diferente da igreja católica. Isso fez com que eu frequentasse o "Candomblé" e a igreja católica paralelamente. Passei uns 6 meses indo a terreiro de Candomblé e a igreja católica. Larguei a igreja. Percebi que ali definitivamente não era meu lugar.
Logo, começou uma nova fase na minha vida, a mais dificil porém mais bonita. Comecei a ler sobre as chamadas religiões afros. Li muito até criar coragem para visitar outros terreiros. No inicio, tudo muito novo. Acreditava em tudo. Era um universo totalmente diferente do que estava acostumado, quanto mais eu lia mais interesse eu tinha(e tenho). Hoje eu sei muito bem diferenciar as religiões afro que, injustamente, são alvo de tanto preconceito. Sei bem que na Kimbanda  há sacrificio de animais, que o candomblé tem seus fundamentos nos orixás africanos mas não é uma religião africana e sim brasileira, mas a minha verdadeira paixão dentro das religiões de origem afro é a Umbanda. Uma religião bem brasileira, a cara do nosso povo. Uma mistura, um pouco do catolicismo, um pouco do espiritismo, um pouco de candomblé e temos a umbanda. A religião que mistura o melhor de todas essas citadas. Quem realmente conhece a umbanda não tem como não se apaixonar. Mesmo que não a veja como religião, se apaixona. Pode ser dado o nome que quiser: cultura, folclore, teatro. Sei lá. A beleza da religião é indiscutivel. Uma religião que acredita no amor a cima de todas as coisas, que acredita que um Deus foi responsável pela criação, que os orixás são as forças da natureza e que cada orixá desses é representado na forma de algum santo. Que acredita na cura pelas plantas(através dos caboclos), na humildade(pretos velhos), força e seriedade(exus), na paixão(pombas-gira), alegria(Ibejis) e em tantas outras coisas representadas por outras linhas não tão conhecidas. Nunca escondi minha paixão pela Umbanda. Mas ultimamente tenho sentido um pouco de dúvida e receio a respeito dos médiuns da Umbanda. São tantas coisas a se pensar, será que eles realmente estão com um guia espiritual do lado? Será que não é fingimento? Será que não é nenhuma parte do cérebro que não era "usada" se manifestando naquele momento? Pois é. Apesar de toda minha paixão pela umbanda minha fé anda meio abalada, mas como dizem nossos guias, se deve crer para ver e não o contrário.
Sinto muita falta de uma boa gira de Umbanda, da Umbanda verdadeira. Nada de candomblé de caboclo, Cabinda ou Umbandas Cruzadas. Sinto falta daquele centro de Umbanda que nunca conheci. Onde a vaidade não existe, dinheiro é apenas doação e teatro é do lado de fora. Onde anda a verdadeira Umbanda?
Sou muito crítico em relação as religiões, portanto prefiro nem falar sobre o Batuque e o Candomblé, como diz uma velha batuqueira que eu conheço "Antigamente durante o chão, nós dormiamos em esteiras", hoje durante o período de chão(o período em que se deve estar em contato direto com o Orixá) pode-se até sair de casa. Onde estão os fundamentos da religião? Estão se perdendo... Lamento que a beleza das religiões estejam se tornando apenas contemplar o bonito fardamento de alguns "médiuns" que não tem nem o que comer, mas tem uma bela bata e um lindo saião.
Hoje, afastado de qualquer centro religioso tenho minha própria fé, um misto de umbanda e kardecismo. Leio livros espíritas, creio nos meus amados guias e rezo para que eu encontre um lugar ideial para que eu possa ser útil ajudando o próximo, mesmo que seja da maneira mais simples. Ajudar na limpeza, na contabilidade, nos atabaques. Qualquer uma dessas coisas me fariam uma pessoa melhor.

terça-feira, 22 de março de 2011

"Não me permito ficar vulnerável. Se bem que não tenho sido outra coisa."

segunda-feira, 21 de março de 2011

Aluga-se uma Mãe

Vou contar uma histórinha....

Apresento os personagens: A Mulher, fria; o Homem,  lacônico  e o Jovem, perdido e apaixonado.
O jovem se sente sozinho, partiu um dia crente que chegaria no seu futuro, crendo que se encontraria, que teria paz. O homem, triste, o abençoou e desejou sorte na caminhada. A Mulher, esboçando felicidade o acompanhou até metade do caminho, e o enganou.
O jovem chegou a seu destino e percebeu que nada do que esperava estava ali. Seu sonho de liberdade, independencia e felicidade não o aguardavam no tão temido, desejado, diferente e distante lugar. O jovem possuí um grande amor, e o deixou. Deixou com a certeza de que breve iria resgatá-lo e irá. O homem sente sua falta, a mulher.... Ninguém sabe ao certo.
Durante os primeiros dias em sua nova casa, ele tinha dúvidas.  Acreditava, duvidando, que ali poderia ser seu lugar, porém o tempo passou e ele viu que não o era. Tropeçou várias vezes, e teve o apoio do amor, que não o esqueceu um dia sequer. Certo dia, ele resolve voltar, marca o dia, 3 meses e dois dias a frente. Empolgado divide isso com a Mulher que o "aconselha" a ficar, na hora ele se dá conta que não seria bem recebido no antigo lar. O lar em que a Mulher mora e encena. Sim, ela é uma atriz, a mulher vive um mundo de faz-de-conta. E isso a agrada. Para ela, ser normal é o que importa. Nada de amor, carinho, alegria, paixão, amizade importa. Nada. Ela não conversa muito com o jovem, dizem que é medo de ouvir a verdade, mas, ninguém sabe. Com poucas palavras ela  diz: "vem, mas volta".
Extremamente chateado com o que ouviu da Mulher, o jovem procura o homem, e esse prefere não falar nada sobre e ligeiramente muda o assunto. Mais uma vez o jovem se vê perdido. Busca ajuda das mais diversas formas: assiste tv, tenta ler, conversa com seu amor, arruma a casa e escreve. O Homem tenta conversar, mas a cabeça do Jovem não pode prestar atenção em assuntos que não tenham nada a ver com a sua volta. Com o retorno a tão desejada cidade. Com a despedida da terra vermelha, do calor, da chuva, do cheiro tão peculiar que sente todo o dia.
Após uma longa reflexão, ele passa a crer que o melhor mesmo talvez seja ele permanecer como está. Construir, também, uma vida de faz-de-conta. Não viver e sim encenar. Como aprendera desde jovem. Se dá conta também que sente falta de uma figura materna e chora. Chora de saudades da pessoa que nunca teve. Chora por ver que a vida que ele viveu foi uma peça teatral e que cabe a ele, somente a ele escolher como serão os próximos espetáculos.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Pensamentos do dia

Saudades mil, lembranças, Maria Rita.
Me distraio, ou  melhor, tento.
Tento fazer o que gosto, apenas tento.
Não consigo lembrar do que gosto.
Preciso arrumar uma solução para isso que me atormenta.
Preciso, eu sei.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Mas você lembra?

Lembra daquelas noites a beira do mar?
Impossível esquecer.
Lembra das briga por ciúme?
Foi o amor.
Da tua infantilidade?
Criança era eu.
Lembra da tua dança na aveninda?
Eras feliz.
Das carteadas?
Que diversão!
Das jantas?
Nem me fala!
Dos filmes?
Não lembro muito bem....
Dinheiro?
Ixi, desse não lembro.
Dos amigos?
Lembro de ti.
De carinho?
Só de ti.
Felicidade?
Ao teu lado apenas.
Lembra das promessas?
Jamais te esquecerei.
Lembra do amor?
Lembro:  Matheus.